segunda-feira, 21 de junho de 2010

Ponto de equilíbrio

Quando a vida nos obriga pela força bruta a aprender a viver sós, temos duas opções ou cedemos à tristeza, à amargura, à angústia do incompleto ou aprendemos a viver com o que cada um dos dias nos traz. Uns dias com maior sucesso outros com um ligeiro aperto na alma, mas tudo segue o seu ritmo. Traçamos metas realistas, embarcamos na estrada que temos pela frente de coração ao alto, lutando pelos dilemas laborais e pessoais que a caminhada nos propõe.

Aceitamos... e depois desse acordo com o nosso mundo dos sonhos e ideais o caminho é em frente, tendo noção que precisamos relativizar muito e passar ao lado de outro tanto.

Porém, quando uma janela se abre, os pilares tão fortemente solidificados na nossa mente começam a amolecer, perdemos os pontos cardeais... o que não é necessariamente algo mau, mas que nos obriga a deixar a nossa zona de conforto, a ceder ao desconhecido e ao que não depende só de nós.

O tempo começa a guiar-se por um compasso de ritmo irregular, que uns dias nos parece apressado, noutros indulgentemente lento.

Detesto a insegurança, odeio ainda mais não saber onde piso e não encontrar o ponto de equilíbrio.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Uma pedrinha

Hoje, enquanto andávamos em volta do lago, [...] o homem que estava comigo [...] jogou uma pedrinha na água. No lugar onde a pedra caiu, apareceram pequenos círculos que foram se ampliando, expandindo, até atingirem um pato que passava por ali casualmente, e nada tinha a ver com a pedra. Em vez de ficar assustado com a onda inesperada, ele resolveu brincar com ela.

Algumas horas antes desta cena, eu entrei num café, escutei uma voz, e foi como se Deus tivesse atirado uma pedrinha naquele lugar. As ondas de energia tocaram em mim e no homem que estava num canto, a pintar um quadro. Ele sentiu a vibração da pedra, eu também. E agora?

Paulo Coelho, Onze Minutos

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Whatever tomorrow brings

Sometimes I feel the fear

Of uncertainty stinging clear

And I can't help but ask myself how muchI'll let the fear take the wheel and steer

It's driven me before

And it seems to have a vague

Haunting mass appeal

But lately I'm beginning to find that

I should be the one behind the wheel

Whatever tomorrow brings I'll be there

With open arms and open eyes, yeah

Whatever tomorrow brings I'll be there

I'll be there

Devo estar... lerdinha

Uma amiga contou-me há dias que uma colega de trabalho (leia-se "Moça desterrada, de casa às costas todos os anos") está agora no hospital em perigo de vida.
Retrocedendo na narrativa, lá me explicou que a rapariga (leia-se mulher de 34 anos) há uns meses arranjou namorado e que tudo corria bem. Até que, ao partilhar com o respectivo que se encontrava grávida e recusando-se a fazer o aborto que lhe foi automaticamente proposto, é ver o dito, qual pepe-rápido a voar para o norte, de onde é natural, logo no dia a seguir. Até à data nada de novo... Infelizmente, com contornos mais ou menos coloridos, estas são daquelas histórias que já não surpreendem os minimamente atentos.
No entanto, continuou ela as desventuras da colega... que vendo-se sozinha foi falar com os pais e que estes, assim que souberam, lhe deixaram de falar. Reza a história que estes pais achavam que a sua filha era santa, que vivia numa qualquer redoma e ao descobrirem o seu novo estado resolveram passar a fingir que ela não existia.
Devo ser mesmo muito lerdinha... porque, que há bestas por esse mundo fora, todos sabemos, mas não consigo compreender como é que uma mulher de 34 anos (não, não é 15, nem 16... é 34!) pode estar numa cama de hospital em estado crítico, completamente sozinha no ano de 2010, tendo por base estes argumentos tão lúcidos e inexplicavelmente tristes.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A reter... #02

Para ver e rever... até a mensagem se interiorizar.

A reter... #01

O ritmo duma equipa é o ritmo do mais lento.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Numa de janelas


A vida fecha uma porta, ou melhor, um daqueles portões que nós idealizamos que nunca se chegariam a encerrar e é ver as pessoas que gostam de nós a dizer que depois da porta fechada, logo se abrem várias janelas. Quando na realidade tudo o que nós queremos é não ouvir falar de janelas, nem de portas, nem de qualquer outra parcela da casa.
Queremos silêncio, paz e nada de confusão. Queremos agarrar nos pedaços que ficaram, reconstruir e renascer, mas à nossa velocidade e consoante o nosso sistema imunitário nos permita.
E só depois de renascidos é que as janelas voltam a ter algum brilho e só então, eventualmente, lhe encontremos algum ponto de interesse.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Os aniversários

Enquanto miúda via o meu dia de anos com um sorriso especial e de forma mais ou menos consequente tinha a preocupação, não forçada, de saber as datas de aniversário de todos os que me eram próximos.

Não levei muito tempo a perceber que nestas coisas, como em tantas outras (até mais importantes), não há qualquer tipo de relação entre o que se dá e o que se recebe.

E assim... de ano para ano, deixou simplesmente de ser importante. Se o telefone toca, óptimo, se não tocar, não tocou.

Agora engraçado, engraçado, é ver uma pessoa toda ofendida e cheia de tristezas profundas porque nos esquecemos do seu aniversário, quando ela foi a primeira a esquecer-se do nosso. Vá-se lá entender!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

As criticas

Ainda não há muitos dias, numa conversa no meio de muitas outras, diziam-me que só se deve criticar alguém quando se está disposto a substituir quem se critica e a tentar fazer melhor. Nunca tinha pensado nisso e de tão simples, considero-o ser profundamente verdadeiro.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Aqueles momentos


Toda a vida ouvi dizer que depois da tempestade vem a bonança ou ditos com sentidos semelhantes. No entanto, sobretudo quando vivemos no meio da tempestade, qualquer conversa deste cariz, acaba mesmo por nos entrar pelos ouvidos a cinco quilómetros por hora e por sair a duzentos.
Quando a braços com sentimentos que nos consomem os pensamentos, quase tudo o resto, com muita razão que os nossos interlocutores tenham, é relativizado e parece fazer parte de outro planeta.
Agora, verdade seja dita, se formos privilegiados e estivermos atentos, há aqueles momentos em que o tempo pára, o horizonte parece infinito... e simplesmente temos a certeza que naquele dia e àquela hora era ali que devíamos estar.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Arrumar gavetas

Este fim-de-semana andei a arrumar a casa, no modo literal, mas também no metafórico.
Sai de lá ainda mais cansada do que quando entrei, mas muito mais leve.
Há aquelas gavetas que arrumamos bem e em que provavelmente não voltamos a mexer. Há outras, porém, que temos tendência a deixar ao abandono por tempo indefinido, às vezes só porque não nos apetece olhar para elas.
Ainda não está tudo no ponto, mas ao descer aqueles degraus pela última vez, este Domingo, sai com a sensação de que o armário se começa a compor e que muito do que não fazia sentido, agora até está num bom alinhamento.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Outra vida


Estou sem carro por uma semana e com essa novidade, não só estou na cidade em que estudei, como me sinto regressada aos tempos de estudante universitária com tudo a que tenho direito. Ele é viagens de autocarro, ele é mochila às costas...
Perguntaram-me se andava a viver muitos momentos de dejá vu, mas a verdade é que nem por isso.
Acabei por compreender que os locais são sobretudo feitos pelas pessoas que lá estão.
As ruas são as mesmas, os locais também, mas não está cá ninguém da outra vida...

Almas gémeas

A ideia de almas gémeas na verdade origina de Platão.
A sua teoria era a de que os humanos tinham originalmente quatro braços, quatro pernas e dois rostos.
Zeus sentiu-se ameaçado pelo poder deles e separou-os a todos ao meio, condenando-nos a todos a passar as nossas vidas tentando completarmo-nos.

Bones (Ossos - Temporada 5, Episódio 15)

sábado, 1 de maio de 2010

Hoje

Só hoje senti

que o rumo a seguir

levava pra longe

senti que este chão

já não tinha espaço

pra tudo o que foge

não sei o motivo pra ir

só sei que não posso ficar

não sei o que vem a seguir

mas quero procurar

e hoje deixei

de tentar erguer

os planos de sempre

aqueles que são

pra outro amanhã

que há-de ser diferente

não quero levar o que dei

talvez nem sequer o que é meu

é que hoje parece bastar

um pouco de céu

(...)

sábado, 24 de abril de 2010

De casa às costas


E quando nada o fazia prever, agarramos o destino pelos cornos, cortamos com o simples e acolhedor e rumamos para o desconhecido.


Devia estar completamente tresloucada, quando lá atrás, nos tempos completamente inconscientes, escolhi este caminho.


Cá vou eu, mais uma vez, de casa às costas...

terça-feira, 20 de abril de 2010

Reviravoltas

Reconheço que as reviravoltas podem trazer um conjunto de novidades boas à nossa vida, mas a verdade é que sempre fui muito dada a medir à distância os passos a dar e a concluir tudo aquilo que começo. Algo que fuja destes princípios, mesmo que as evidências me digam que terá de ser... desregula-me o corpo e põe-me os miolos em picadinho.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Toma lá

Há pouco, quando saía do meu local de trabalho, cruzei-me com três raparigas - daquelas de palmo e meio (ou pouco mais!). Duas delas estavam a olhar para algo, a que não prestei atenção, e uma delas levanta os olhos e dirige algumas palavras à que se afastava, com o telemóvel a reproduzir uma qualquer música em altos berros.
Esta, que partia, replicou:
- Também te amo.
'Toma lá, que já almoçaste!', partilhei com os meus botões. Tudo é banalizável, até aquilo que, de alguma forma, achei ingenuamente que acabaria por estar salvaguardado desta sociedade esmagadoramente superficial.

E se fossem à fava grande?


Juro que há dias em que me apetece mandar tudo (e quase todos!) à fava grande e em que conquistar o primeiro prémio do euromilhões me parece muito mais que uma utopia deliciosa.

domingo, 11 de abril de 2010

sábado, 10 de abril de 2010

Só para que fique claro...


Eu não quero nada que tu vás para o Algarve. Eu quero, sim, que sejas Feliz.

Como bem sabes, eu conheço vivamente a história que reza que 'quanto mais tempo estamos sozinhas, menos nos vemos com alguém'.

A minha reacção foi porque te vi bem, a falares-me de um homem que conheces, com quem tens à vontade, que evidentemente mexe contigo e, como se tudo isso não chegasse, que não tem defeitos (!).

Estamos habituadas a escolher o canal que vemos na televisão e a comer às horas que nos apetece (como tudo o resto!), mas alguém muito sabiamente me disse há uns meses... - numa altura não muito simpática da minha vida - que somos seres de hábitos e rotinas. Verdade, concordo completamente. No entanto, também concordo com o que me disseram a seguir. Se for preciso para estarmos melhor, também sabemos adaptar-nos e aprender hábitos novos e quando damos conta vivemos tão bem com eles como com os anteriores.

Os trezentos e tal quilómetros que vos separam... são muitos até que decidas transformá-los em curtos. Chegado a este ponto, e com o brilho que te vi nos olhos... acho que é altura de simplificar, pesar e decidir - ou decidir gradualmente, também pode ser!

A boa disposição com que nos brindas todos os dias é muito mais inteira com o sorriso que te vi ontem. E é só nisso que quero que penses. Talvez seja a hora de deixares de ser escrava de um trabalho para pagar os bens materiais que, não estás tão pouco, a gozar.

Mais do que nunca, é altura de pensares em ti.

Pontualidade


Já ouvi dizer, para cima de muitas vezes, que 'a pontualidade e os portugueses não combina'. Isto lá deve servir de carapuça a muito boa gente e de desculpa esfarrapada para outros tantos.

No entanto, e apesar de já ter idade para ter juizinho, é algo que me continua a tirar do sério.

Sobretudo enquanto estudante universitária, era-me completamente incompreensível os encontros combinados para as 22 horas e para os quais só começavam a aparecer pessoas depois das 23h30. Ou também os cafés pós-almoço, agendados com um ou dois amigos, que envolviam sempre mais de meia hora de seca.

Mais do que esperar, odeio a ideia de fazer aguardar alguém... e essa pontualidade de que não consigo desligar-me, tem custado, nas mais distintas situações, longos períodos de espera por tempo indefinido, invariavelmente culminados em desculpas, que não o são.

domingo, 4 de abril de 2010

À Solidão

Se há coisa da qual não podemos evidentemente fugir é da nossa maneira de ser. Podemos fazer um esforço, contornar um pouco as arestas, mas o fundo, para se ser fiel, não sofremos grandes alterações.
A verdade é que se não nascemos seres com um grande dom de sociabilidade isso pode ter consequências. Há os bons amigos que a vida nos vai trazendo, aqueles a quem ligamos ou escrevemos com carinho para matar saudades ou só para saber se tudo lhes corre bem, mas se o nosso caminho os foi deixando espalhados por esse país fora, seguindo as suas relações ou profissões, não podemos por certo comparar a situação àquele grupinho que está ao pé do dedo para convidarmos se nos apetece ir beber um café.
Não há um amigo mais valioso que o outro... mas há um que nos deixa mais só e que transforma o nosso dia-a-dia mais vazio. Quem gosta de nós pode-nos dizer repetidamente 'Não podes deixar de fazer o que gostas, nem de ir onde queres.' Concordando com toda a teoria, o nosso botão lá nos vai respondendo que 'falar é fácil' e que todos aqueles que o dizem não sabem o que é ir sozinho nem ao bardalhal de cima.
O eco repete-se no ouvido 'mais vale sozinha, que mal acompanhada' e eu aceno-lhe em acordo. No entanto, quando nos habituamos a uma companhia, quando sabemos o que é ter ao nosso lado alguém para um passeio, para uma ida ao cinema, para tudo aquilo que de mais corriqueiro nos atravessa o dia, como ir às compras ou ver a série do costume na televisão... reaprender a vida e sozinhos termos de dar todos os passos, nem sempre é fácil.
A solidão? Muitas vezes ignoro-a, rio-me para ela e digo-lhe que vou conseguir. Com seriedade informo-a de que garantida só tenho esta vida e quase todos os dias a olho de frente com esperança em dias mais coloridos. Noutros... fraquejo, visualizando um vazio que na maioria das vezes disfarço bem e não consigo conter as lágrimas que me dizem que o trabalho que me põe a comida na mesa e paga as contas não chega e que seria muito reconfortante encontrar um aconchego.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Mundo próprio


Quando confrontada com pessoas que, independentemente do contexto em que nos encontremos, sabem sempre tudo sobre qualquer tema abordado ou situação analisada, com uma convicção absoluta, não sou capaz de deixar de me inquirir se, de facto, nasceram com este não sei quê de superioridade ou se num qualquer momento das suas vidas houve algo que os marcou e tornou assim.

Por mais que a pessoa seja educada, instruída e preocupada em actualizar-se, chegar ao ponto de nem tão pouco permitir a intervenção de outros ou a interrupção dos seus monólogos cheios de si... faz-me questionar se enquanto seres humanos temos uma característica intrínseca que nos leva à criação de um mundo próprio. Depois, dentro dele, uns vivem de ego cheio mesmo que na ilusão de que o mundo os ouve e venera, outros sem darem conta transformam as suas tarefas diárias e responsabilidades inerentes à vida adulta num jogo de rotinas e há os outros que, por e simplesmente, sobrevivem.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Desabafo


Quanto mais lido com as pessoas, mais gosto de estar sozinha...

segunda-feira, 22 de março de 2010

Vida social

Sabemos que a nossa vida social já teve melhores dias... quando o telemóvel fica um dia inteiro sem bateria, mortinho da silva, e nós nem damos conta disso.

sábado, 20 de março de 2010

Queixumes


Já deu para entender que a doença da moda é a tão badalada depressão. Toda a boa gente tem, teve ou vai ter uma qualquer depressão, vulgo chelique, que serve de desculpa para tudo. A chuva que já chateia e deprime, o céu que está azul de mais e incomoda, as flores que vão começar a surgir e trazem as alergias... haja desculpas, porque o queixume é maleita que contagia e não dá folga.

É provável que salte à vista que a minha paciência já teve melhores dias, mas a verdade é que na esmagadora maioria das vezes tenho sido uma menina bem comportada, que ouve ou que acena o indispensável para o interlocutor saber que o estou a acompanhar. No entanto, uma folguinha era tão bem vinda...

quinta-feira, 18 de março de 2010

Melodramas

Chego muitas vezes a casa com um pensamento conformado de que muitas são as pessoas que, impregnadas nas suas vidinhas, não valorizam os pequenos detalhes tão importantes que dão como garantidos.


O simples facto de acordar ao lado de alguém que, com mais ou menos turras, escolheu estar ao nosso lado.


A incessante verdade do privilégio que é ter um companheiro de quem se gosta e com quem se pode partilhar tarefas, desabafos, alegrias, tristezas...


Vivendo à minha volta melodramas pessoais que envolvem o candeeiro do jardim que se partiu (naquela cintilante mansão na zona vip da cidade, acrescento eu) ou o anexo que com estes últimos dilúvios tem metido água (anexo em que se gastou o que se tinha e não tinha de economias e que não faz falta para rigorosamente nada a não ser para se dizer que se tem, divaga a minha mente).


Ocorro-me apenas questionar se é possível dar um abanão a esta gente, porque ou a vida está das avessas ou eu por e simplesmente não consigo compreender tamanhas desgraças que consomem tantos dias em desabafos.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Dias cinzentos


E depois há dias em que as palavras se somem ou então as únicas que nos afloram a mente... trazem amargura e revolta.

Um dia cinzento em que meio mundo anda indiferente ao outro meio, em que as injustiças nos atingem de forma frontal e só nos apetece lavar a alma. Daqueles dias em a solidão nos magoa de forma mais profunda e em que um aconchego era tão bem vindo...

Adiei um telefonema o máximo que poderia adiar e tal como esperava só me trouxe amarguras acutilantes, que me fazem querer gritar ao mundo.

Temos as ruas cheias de subsidio-dependentes, temos entidades a pedir trabalhadores não qualificados e os Centros de Emprego a dizerem que não têm, porque os querem enterrar em cursos... E no meio disto tudo, ganhasse a vida a trucidar os neurónios dos trabalhadores correctos e responsáveis, que têm de largar tudo o que juntam, em descontos e IRS, para encher o cu desta gente toda?
Não têm mesmo mais nada para fazer?? É que eu, por agora, agradecia um pouco de Sol...

sexta-feira, 12 de março de 2010

Preconceitos


Uma das minhas colegas de trabalho é apenas um ano mais velha que eu. Menina casada, com uma filha de 3 anos e a espaços falando de um potencial segundo filho. É no essencial uma boa moça, de coração doce... mas cujos os preconceitos me tiram (interiormente) muitas vezes do sério.

A ideia que me dá é que o mundo foi feito para as pessoas ditas normais. Aquelas que aos vintes e poucos arranjam namoro, tratam da casa (e endividam-se para a vida!), casam com poupa e circunstância e na altura certa têm filhos. Como se estivesse por ai algures editado um livro que dá os passos e as alturas para as coisas acontecerem aos seres normais. Sim, porque o resto é tudo criticável.

Se uma mulher se separa o seu único objectivo de vida deve ser arranjar homem, porque senão inacreditavelmente vem logo anexada a história do ficar para tia ou de ser uma solteirona.

Se fulano arranjou uma moiçola mais nova (ou mais velha) as intenções são sempre duvidosas.

Não sei... desenraiza-me as ideias perceber que o que estou a contar não é filho único, que vivemos, de facto, num mundo de grandes preconceitos e para o qual é preciso arranjar uma grande carapaça defensiva.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Um Cantinho

Um blog pode ter as mais variadas funções, simples ou elaboradas, comerciais ou desinteressadas, temáticas ou divagadoras.
Pode ser aquele cantinho onde partilhamos histórias, onde comentamos algo de que gostámos ou desabafos sobre um episódio que nos tirou do sério.
É com certeza bom encontrar quem nos 'ouça', quem passe e partilhe ideias connosco. É sem dúvida reconfortante saber que há quem esteja do outro lado, seja esse sítio a centenas ou a milhares de quilómetros.
Por agora, procuro um espaço onde eu-ninguém venho deixar os desabafos que não encontram lugar num blog em que passam caras conhecidas, familiares ou amigas, um espaço para potenciais divagações sobre dúvidas ou ideias ou problemas que me atingem as veias de forma mais acertada.
Se o mundo virtual conduzir aqui quem precise de fazer o mesmo ou quem passe a gostar de espreitar este planeta solitário e ainda meio indefinido, tanto melhor. Caso contrário, tudo isto vale o que vale...